01 ABR
2021
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18 MAR
2021
Em parceria com a Oxford/AstraZeneca, a vacina começou a ser fabricada em Bio-Manguinhos (RJ), com insumos importados.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entregou nesta quarta-feira 500 mil doses do primeiro lote de vacinas contra a Covid-19 produzidas em Bio-Manguinhos (RJ), com insumos importados. Outras 580 mil serão disponibilizadas até sexta-feira, totalizando 1.080.000 doses distribuídas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o indicado para substituí-lo, o cardiologista Marcelo Queiroga, vão participar de evento comemorativo.
Produzida em parceria com a Oxford/AstraZeneca, a vacina é fabricada em Bio-Manguinhos com Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) que chegou ao Brasil a partir do dia 6 de fevereiro, provocando atrasos. Mas com o registro definitivo, concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última sexta-feira, a Fiocruz passou a ser a detentora do primeiro registro de uma vacina produzida no Brasil no contexto da pandemia.
Em março, serão entregues o total de 3,8 milhões de vacinas e a Fiocruz já iniciou o escalonamento gradual da produção. Ainda na última sexta, uma segunda linha de produção entrou em operação, o que vai permitir o aumento da capacidade produtiva de Bio-Manguinhos/Fiocruz. A expectativa da instituição é chegar até o final do mês com uma produção de cerca de um milhão de doses por dia.
Nesta semana, o Ministério da Saúde está distribuindo mais 4,5 milhões de doses da vacina produzida pelo Instituto Butantan. O novo lote é destinado para vacinar idosos entre 75 e 79 anos e trabalhadores da saúde. A previsão é de que as entregas ocorram nesta quarta-feira de forma proporcional e igualitária a todas os estados e Distrito Federal.
A nova remessa de vacinas do Butantan corresponde à entrega de duas doses, sendo necessário que estados e municípios façam a reserva da segunda dose para garantir que o esquema vacinal seja completado no período recomendado pelo laboratório, de 2 a 4 semanas.
Desde o dia 18 de janeiro, quando começou a campanha de vacinação contra a covid-19 no Brasil, já foram enviadas aos estados e DF mais de 24,5 milhões de doses de imunizantes – até o momento, mais de 11,8 milhões já foram aplicadas em grupos prioritários.
Para o mês de março, o cronograma enviado à pasta pelos laboratórios, sujeito a alterações de acordo com a produção das vacinas, prevê a entrega de um total de 30 milhões de doses: 23,3 milhões do Instituto Butantan, enviados em remessas semanais e distribuídas na mesma periodicidade; 3,8 milhões da vacina da AstraZeneca/Oxford, produzida na Fiocruz; e mais 2,9 milhões de doses do mesmo imunizante adquiridos via consórcio Covax Facility.
Instituto Butantan
O Instituto Butantan também vai liberar nesta quarta mais 2 milhões de doses da vacina CoronaVac, produzida em parceria com o o laboratório Sinovac, ao PNI. Com o novo carregamento, o total de vacinas oferecidas pelo Butantan chega a 22,6 milhões de doses desde o início das entregas. Somente nesta semana, o Butantan liberou mais de 5 milhões de doses para o Ministério da Saúde.
Fonte: https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/geral/fiocruz-entrega-hoje-as-primeiras-500-mil-doses-de-vacina-contra-covid-19-produzidas-no-pa%C3%ADs-1.587815
11 MAR
2021
Receita estima que cerca de 3 milhões de contribuintes terão de devolver o benefício
Os brasileiros que receberam auxílio emergencial em 2020 e tiveram um total de rendimentos tributáveis (sem contar o auxílio) acima de R$ 22.847,76 no ano terão que devolver o valor do benefício.
A obrigação de devolução também se aplica, segundo o governo federal, a dependentes incluídos na declaração do imposto de renda que tenham recebido o benefício.
A expectativa da Receita Federal é de que 3 milhões de pessoas que receberam o auxílio emergencial no ano passado devolvam o benefício através da declaração do imposto de renda.
Como declarar o auxílio emergencial no imposto de renda?
O informe de rendimentos com os valores do auxílio emergencial e da extensão do auxílio recebidos por cada beneficiário está disponível, por CPF, no site https://gov.br/auxilio. Nesse informe, são apresentados os valores recebidos ou devolvidos no ano de 2020.
Na hora da declaração, os valores dos benefícios recebidos (auxílio emergencial e extensão) por titular e eventuais dependentes devem ser informados na área de "Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica" do programa do Imposto de Renda 2021, segundo as orientações do governo federal.
O prazo para entrega da declaração do imposto de renda referente ao ano-base 2020 começou em março e vai até o dia 30 de abril.
Quais valores devem ser devolvidos?
Devem ser devolvidos os valores recebidos do auxílio emergencial (parcelas de R$ 600 ou de R$ 1.200 para mães monoparentais, previstas na Lei 13.982/2020) pelo titular ou dependentes das declarações de IR com rendimentos tributáveis, sem contar o auxílio, em valor acima de R$ 22.847,76.
Não é necessário, no entanto, devolver os valores recebidos da extensão do auxílio (parcelas de R$ 300 ou de R$ 600 para mães monoparentais, previstas na MP 1.000/2020), segundo a Receita Federal e o Ministério da Cidadania.
O governo chama de "auxílio emergencial" o pagamento de R$ 600 ou R$ 1.200 feito aos trabalhadores informais entre abril e agosto de 2020. Quando o benefício foi reduzido à metade, entre setembro e dezembro, passou a ser chamado de "auxílio emergencial residual".
Como devolver o valor?
Após o envio da declaração, o programa gera automaticamente o DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais) para devolução do valor do auxílio.
Haverá um DARF para cada CPF que tenha recebido auxílio. "Caso algum dependente informado na declaração também tenha recebido o Auxílio Emergencial, no recibo haverá um DARF para o titular e um DARF para cada dependente", informou o governo.
E se tiver ocorrido uma fraude?
"Não recebi o auxílio emergencial, mas quando faço a minha declaração de imposto de renda aparece que eu recebi. O que posso fazer?"
Em um caso como este, o governo federal diz que pode ter ocorrido uma fraude e orienta o contribuinte a fazer uma denúncia para o Ministério da Cidadania para que o caso seja apurado. Isso pode ser feito por meio do site https://gov.br/auxilio.
Como declarar redução de salário e de jornada?
Outra novidade de 2020 foi o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), criado pelo governo no âmbito do enfrentamento do estado de calamidade pública, durante a pandemia do coronavírus. Esse benefício é pago quando há acordo entre empregadores e trabalhadores para redução proporcional de jornada de trabalho e de salário ou suspensão temporária do contrato de trabalho.
A Receita Federal informou que os valores recebidos como BEm são considerados rendimentos tributáveis e devem ser declarados na ficha "Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica", informando como fonte pagadora o CNPJ nº 00.394.460/0572-59.
No entanto, a ajuda compensatória mensal paga pelo empregador é isenta e deve ser informada na área de "Rendimentos Isentos e Não Tributáveis" (no item 26, "Outros com o CNPJ da fonte pagadora (empregadora)". A Receita recomenda que o contribuinte coloque na descrição o texto "Ajuda Compensatória" para identificar a natureza dos valores.
Como saber quais valores foram pagos como benefício emergencial ou ajuda compensatória? Para pegar essas informações, a Receita Federal orienta que o contribuinte acesse o aplicativo Carteira de Trabalho Digital ou consulte o empregador.
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-56332004
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16 FEV
2021
Os continentes separados pelo oceano Atlântico estão cada vez mais distantes.
Quem vive nas Américas está cada dia mais longe daqueles que vivem na Europa e na África.
E não estamos nos referindo a uma distância política ou ideológica. Literalmente, nossos continentes estão cada dia mais separados.
A cada ano, as placas tectônicas em que estão localizadas a América, de um lado, e a Europa e a África, do outro, se afastam cerca de quatro centímetros.
Os cientistas sabem que as placas se movem em direções opostas, e que nas áreas de fronteira entre elas as partes mais densas afundam.
A força que causa essa separação, no entanto, é uma questão que ainda não tem resposta definitiva.
"A sabedoria convencional é de que esse processo é normalmente resultado de forças gravitacionais, à medida que partes das placas se afundam na Terra. No entanto, a força por trás da separação das placas do Atlântico continuava sendo um mistério, porque o Atlântico não é cercado de placas densas em afundamento", aponta a o Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Oxford.
Mas agora, em uma pesquisa recente publicada na Nature, um grupo de sismólogos acredita ter encontrado uma nova peça para montar esse quebra-cabeça.
Uma descoberta que também oferece novas pistas para entender melhor os movimentos sísmicos que podem causar grandes desastres.
Alguns especialistas preferem, no entanto, ser cautelosos quanto ao alcance do estudo, embora reconheçam a importância da descoberta.
Uma cunha entre as placas
Nesse novo estudo, os pesquisadores descobriram que nesta cordilheira existem áreas onde o material do interior da Terra aparece no fundo do mar.
Especificamente, são rochas provenientes de mais de 600 km de profundidade no manto, área localizada entre o núcleo e a crosta terrestre.
Esse fenômeno, segundo os autores do estudo, faz com que esse material atue como uma cunha que se interpõe entre as placas e faz com que elas se separem ainda mais.
"Este trabalho refuta suposições de longa data de que as dorsais oceânicas poderiam desempenhar um papel passivo nas placas tectônicas", afirmou em comunicado Mike Kendall, geofísico da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e coautor da pesquisa.
"(O estudo) sugere que, em lugares como o Meio-Atlântico, as forças na dorsal desempenham um papel importante na separação das placas recém-formadas."
Sinais inesperados
Os dados para esta pesquisa foram obtidos por meio de 39 sismógrafos que os pesquisadores colocaram no fundo do oceano, em uma área da cordilheira localizada entre a América do Sul e a África.
Durante quase um ano, os movimentos detectados por esses sensores permitiram aos cientistas notar variações na estrutura do manto terrestre a 600 km de profundidade.
Cada tipo de onda que um sismógrafo registra está associada a um mineral diferente, portanto, com os sinais que os pesquisadores receberam, eles foram capazes de perceber que havia materiais na superfície provenientes do manto.
"Os sinais observados foram indicativos do surgimento profundo, lento e inesperado do manto mais profundo", escreveram os autores.
"Esses resultados lançam uma nova luz sobre nossa compreensão de como o interior da Terra está conectado às placas tectônicas", acrescentou Matthew Agius, sismólogo da Università degli studi Roma Tre, na Itália, e principal autor do estudo.
Cautela
Para o geólogo Daniel Melnick, que não participou da pesquisa, "a novidade do artigo é que apresenta pela primeira vez evidências de transporte de material do manto inferior (a 600 km) em uma dorsal oceânica".
A pesquisa pode ter implicações no "entendimento dos processos químicos e das trocas de calor dentro da Terra", afirmou Melnick, pesquisador do Instituto de Ciências da Terra da Universidade Austral do Chile, à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC.
Ele acrescenta que o fluxo de material entre o manto e a crosta já havia sido documentado em zonas de subducção, onde uma placa afunda debaixo de outra; e também em "pontos quentes" como o Havaí e a Islândia, mas não em dorsais oceânicas.
Outros especialistas, por sua vez, também comemoram os resultados do estudo, mas são cautelosos quanto ao seu alcance.
"Essas descobertas adicionam uma peça ao quebra-cabeça para entender o fluxo no manto da Terra", afirmou ao portal Live Science Jeroen Ritsema, professor do departamento de Ciências da Terra da Universidade de Michigan, nos EUA, que não participou do estudo.
Segundo ele, os autores fizeram uma análise "excelente", mas com alcance limitado.
O professor se refere ao fato de terem observado apenas uma pequena porção do fundo do Atlântico, por isso não está claro se o fenômeno ocorre ao longo de toda a cordilheira.
"É difícil inferir o fluxo de rochas em escala global no manto da Terra a partir de um único ponto de observação", explicou Ritsema ao Live Science.
"É como olhar pelo buraco de uma fechadura e tentar descobrir quais são os móveis da sala, da cozinha e dos quartos."
Mais bem preparados
De acordo com os autores, os resultados dessa pesquisa podem ser úteis para entender melhor os movimentos das placas tectônicas e melhorar os sistemas de alerta para terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas.
As placas tectônicas também influenciam o nível do mar, portanto, estudá-las permite ainda calcular melhor os efeitos das mudanças climáticas.
Para Kate Rychert, professora de Geofísica da Universidade de Southampton, no Reino Unido, e coautora do estudo, suas descobertas "têm amplas implicações na compreensão da evolução e habitabilidade da Terra".
"Também mostra como é crucial coletar dados dos oceanos", diz Rychert. "Há muito mais para explorar."
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-56040748
GETTY
26 JAN
2021
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) liberou neste sábado (23) as doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela biofarmacêutica AstraZeneca e importadas da Índia para a distribuição no Brasil.
O Terça Livre noticiou que o voo com as 2 milhões de doses chegou na tarde de sexta-feira (22) ao país.
A logística de distribuição caberá agora ao Ministério da Saúde, que dará início a 2ª fase de distribuição de imunizantes do Programa Nacional de Imunizações (PNI/MS)
A FioCruz realizou no período sexta-feira para sábado a checagem de qualidade e segurança, além de rotulagem e etiquetagem das caixas de vacinas com informações em português.
“Toda a operação para liberação das vacinas segue normalmente, sem intercorrências e dentro do cronograma”, informou a fundação.
Após a liberação foram aplicadas as primeiras doses da vacina Oxford/Astrazeneca no Brasil, no fim da tarde de sábado.
Agência Brasil.
https://tercalivre.com.br/fiocruz-libera-distribuicao-de-vacinas-oxford-astrazeneca-no-brasil/
19 JAN
2021
Em 2019, um ranking global considerou que os EUA e o Reino Unido eram modelos a ser seguidos na preparação para uma pandemia; Nova Zelândia, China e Vietnã ficaram muito atrás.
Mas avancemos para 2021 e a pandemia de coronavírus parece ter mostrado que Índice de Segurança de Saúde Global da Fundação Bill e Melinda Gates errou feio.
Nos Estados Unidos e no Reino Unido, a pandemia foi descrita como fora de controle. Enquanto isso, a resposta draconiana da China foi exaltada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A Nova Zelândia foi outro país elogiado como exemplar e o Vietnã registrou apenas 35 mortes por coronavírus em uma população de 95 milhões.
Parece que alguns países que antes pareciam bem no papel reagiram mal à pandemia na vida real, e outros que tinham deficiências em sua preparação se saíram melhor na luta contra a covid-19, mas o que explica isso?
O desafio das comparações
"Todo mundo está lidando com o mesmo vírus, então por que os países estão respondendo de maneira diferente?", questiona Elizabeth King, professora de saúde global da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos
King é uma das coeditoras de um novo livro que compara as respostas nacionais à primeira onda de coronavírus no início de 2020. Sessenta acadêmicos de 30 países da Ásia, Europa, África e Américas contribuíram com artigos.
Fazer comparações internacionais é notoriamente desafiador porque os países usam diferentes padrões para medir como estão se saindo.
A Bélgica, por exemplo, inclui casos suspeitos de covid-19 nas estatísticas de mortalidade, o que faz com que seu número total de mortes pareça maior do que em outros países. A Alemanha e a França sempre incluíram casas de repouso para idosos em seus números principais de mortalidade, enquanto no Reino Unido o foco está nos hospitais.
Comparar o número de casos é ainda mais complicado. Se você testar mais, encontrará mais casos, e a escala dos testes variou enormemente durante a pandemia, assim como as decisões sobre quem deve ser testado.
Também há nuances a serem feitas sobre a composição demográfica em cada país: enquanto mais de um quinto da população italiana tem mais de 65 anos, o que a torna mais vulnerável à covid-19, a população da África é muito mais jovem - o continente tem 19 dos 20 países "mais jovens" do mundo.
No entanto, parece que o que um governo fez — e talvez ainda mais importante a rapidez com que agiu — teve efeitos profundos nos resultados nacionais durante a primeira onda da pandemia.
Política e covid-19
Indo além da comparação puramente entre os resultados, a professora King e seus colegas querem entender como as políticas de saúde pública também foram influenciadas por outros fatores.
Dizem que fatores como sistema de governo (seja democracia ou autocracia), instituições políticas formais (federalismo, presidencialismo, etc.) e capacidade do Estado (controle sobre sistemas de saúde e administração pública) moldaram as respostas do governo à covid-19.
Quando a China tomou a medida sem precedentes de isolar 50 milhões de pessoas na província de Wuhan, em janeiro de 2020, por exemplo, alguns argumentaram que os regimes autoritários podem ter uma vantagem sobre as democracias em sua luta contra a covid-19.
Mas o debate tornou-se mais matizado depois que as democracias ocidentais, começando com a Itália, começaram a se fechar também.
Sistemas políticos
Embora governos autoritários possam enfrentar menos oposição a quaisquer medidas que anunciarem, aplicá-las é outra questão.
A professora King diz acreditar que, se governos autoritários minarem a confiança em suas populações, essas táticas podem não funcionar a longo prazo. Se as pessoas devem aderir a medidas restritivas, diz ela, "o fluxo de informações, a confiança no governo e nas instituições são importantes".
Ela ressalta que a resposta russa à pandemia foi inicialmente prejudicada pela falta de estatísticas. Mas ela acrescentou que mais recentemente o governo daquele país melhorou o fluxo de informações e apresentou um forte conjunto de políticas sociais destinadas a mitigar os efeitos da pandemia.
No entanto, uma investigação do serviço russo da BBC descobriu que a falta de transparência continuou a afetar a confiança do público, particularmente no que diz respeito à eficácia da vacina com fabricação 100% nacional, a Sputnik-V, que está sendo lançada enquanto ainda está em fase de testes.
Infelizmente, ela adverte, "vimos muitos regimes democráticos que não tinham um fluxo de informações muito bom".
O presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, tem repetidamente minado a mensagem a pandemia de coronavírus e vem sendo acusado de contribuir para números assustadores de casos e mortes no Brasil.
Elize Massard da Fonseca, professora da FGV-SP, disse, em entrevista à agência de notícias FAPESP da USP, que Bolsonaro mostrou "desprezo pela ciência" e negacionismo.
"O Brasil estava muito bem posicionado para lidar com a pandemia de maneira eficaz, mas infelizmente não o fez", assinalou.
Mas, como o sistema federal dá aos Estados poder significativo sobre a saúde, os governos locais foram capazes de bloquear e comprar equipamentos e vacinas de forma independente. Caso de São Paulo, por exemplo.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também foi acusado de minimizar o vírus e entrou em confronto com Estados sobre como responder à pandemia.
Depois de uma internação de três noites no hospital quando contraiu covid-19 em outubro, ele a comparou à gripe sazonal e insistiu que não era motivo para fechar o país.
Notícia: https://www.bbc.com/portuguese/geral-55704511
Imagem:REUTERS
13 JAN
2021
Enquanto na semana passada o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) afirmou que a CoronaVac possuía eficácia clínica de 78% para os casos leves, nesta terça-feira (12/01) o próprio Instituto Butantan anunciou a eficácia geral de apenas 50,38% da mesma vacina.
De acordo com os técnicos do Butantan, os dados da última fase de teste revelam que no grupo de voluntários que tomaram placebo 167 pessoas foram infectadas, ao passo que, no grupo que tomou a vacina foram 85 pessoas infectadas.
Embora o grau de eficácia da vacina seja assustadoramente baixo, ainda assim, passa pelo requisito mínimo de 50% devido a flexibilização do critério feita no ano passado pela Anvisa.
Tradicionalmente uma vacina para ser aprovada pela Anvisa precisava ter 70% de eficácia mínima comprovada.
Notícia completa:
Bruna Medeiros Uaqui | Terça Livre
https://tercalivre.com.br/butantan-coronavac-tem-apenas-5038-de-eficacia/
05 JAN
2021
As redações da velha imprensa brasileira dão grande destaque a notícias sobre o Brasil que sejam veiculadas no New York Times. Uma informação publicada em 25 de dezembro, no entanto, não teve repercussão local mesmo tendo grande importante para a saúde da população.
As autoridades turcas anunciaram que uma vacina da empresa chinesa Sinovac tem uma taxa de eficácia de 91,25%, mas a descoberta foi baseada em resultados preliminares de um pequeno ensaio clínico e nenhum dos dados foi publicado em um jornal ou postado online, reportou o NYT.
O anúncio veio na quinta-feira (24) um dia após outra entrevista coletiva ambígua, também sobre a vacina de Sinovac, no Brasil. Esperava-se que as autoridades fornecessem resultados detalhados de outro ensaio, mas relataram apenas que a vacina tinha uma taxa de eficácia superior a 50%.
Um total de 7.371 voluntários estiveram envolvidos no estudo turco, mas os dados de eficácia apresentados pelo Dr. Serhat Unal, um especialista em doenças infecciosas, foram baseados em apenas 1.322 participantes, 752 dos quais receberam uma vacina real e 570 dos quais receberam o placebo.
Unal disse que 26 dos voluntários que receberam o placebo desenvolveram COVID-19, enquanto apenas três dos voluntários vacinados adoeceram. Ele e seus colegas não compartilharam seus dados por escrito.
“Agora temos certeza de que a vacina é eficaz e segura para o povo turco”, disse Fahrettin Koca, o ministro da Saúde.
A Sinovac não emitiu declaração pública sobre o julgamento, nem comentou sobre o julgamento no Brasil.
O pequeno número de voluntários em que os pesquisadores turcos basearam seu cálculo de eficácia levantou questões sobre a certeza de suas conclusões. Quanto mais pessoas participam de um ensaio clínico de vacina, mais forte se torna seu poder estatístico.
A Pfizer e a BioNTech, por outro lado, apresentaram dados de 36.523 pessoas para mostrar que sua vacina tem uma taxa de eficácia de 95%. Para a vacina, 162 pessoas que receberam o placebo desenvolveram COVID-19, em comparação com oito no grupo que recebeu a vacina.
A Turquia assinou acordo com a Sinovac para 50 milhões de doses da vacina. As primeiras 3 milhões de doses estão programadas para chegar na segunda-feira na Turquia, disse Koca. Koca disse que a Turquia também receberá 4,5 milhões de doses da vacina Pfizer-BioNTech até o final de março. A previsão é de que cerca de 1 milhão de doses cheguem até o final de janeiro, disse ele.
CoronaVac, como o Sinovac chama sua vacina, é feito de coronavírus mortos. O método, um dos mais antigos para a fabricação de vacinas, foi usado por Jonas Salk na década de 1950 para fazer uma vacina contra a poliomielite.
Depois que os vírus são inativados por produtos químicos, eles não podem deixar as pessoas doentes, mas podem provocar o sistema imunológico a produzir anticorpos que podem fornecer proteção de longo prazo contra vírus vivos.
A Sinovac desenvolveu o CoronaVac no início de 2020 e, em seguida, realizou uma série de testes clínicos. A empresa publicou os resultados do ensaio em novembro, relatando que a vacina parecia segura e provocou uma resposta imunológica contra o coronavírus.
A empresa então passou para os testes de Fase 3 no Brasil, Indonésia e Turquia, países com altas taxas de COVID-19.
Autoridades de saúde no Brasil disseram na quarta-feira que a vacina chinesa passou em testes de segurança e eficácia que abririam o caminho para seu uso no Brasil.
No entanto, eles não divulgaram dados detalhados de ensaios clínicos no Brasil para apoiar esses achados, citando um acordo contratual com a Sinovac. Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, que conduziu os testes, disse que um anúncio conjunto pode acontecer em duas semanas.
“Hoje é um dia histórico para a ciência e para a saúde brasileira”, disse Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde do Estado de São Paulo, a jornalistas em entrevista coletiva. “Isso nos permitirá salvar a vida de milhões de pessoas, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.”
As informações são do NYT
https://tercalivre.com.br/mesmo-com-dados-escassos-brasil-e-turquia-declaram-eficacia-de-vacina-chinesa/
15 DEZ
2020
Após meses consecutivos de saída de capital estrangeiro do Brasil, as notícias mais promissoras sobre o desenvolvimento de uma vacina contra a covid-19 animaram os investidores, que voltaram a olhar para mercados considerados mais arriscados.
Depois de voltar a registrar saldo positivo de investimento estrangeiro em outubro, a bolsa teve um resultado robusto em novembro, quando entraram mais de R$ 30 bilhões em capital estrangeiro, o maior volume em mais de duas décadas.
O Brasil, entretanto, não é um caso isolado. Mercados emergentes assistiram, de maneira geral, a um ingresso recorde desse tipo de investimento.
Isso porque, além das perspectivas mais animadoras em relação à vacina, o mundo vive um momento de grande liquidez (ou seja, dinheiro disponível), diante dos pacotes de estímulos implementados em diversos países, e juros muito baixos.
Essa combinação de fatores aumentou o apetite por risco dos investidores, que olham para os mercados emergentes em busca de maior rentabilidade.
Fim da fila
Apesar de o mercado financeiro brasileiro ter voltado a atrair capital estrangeiro, ele ainda está no fim da fila quando comparado com outras economias emergentes - por razões regionais e internas.
A pedido da BBC News Brasil, o economista do Institute of International Finance (associação que reúne 450 bancos e fundos de investimentos em 70 países) Jonathan Fortun analisou os dados de investimento em portfólio e verificou que o país está longe das prioridades dos investidores entre as 28 economias emergentes acompanhadas pela instituição.
"O Brasil está no último terço, com outros países da América Latina."
Até novembro, conforme os dados coletados pelo IIF, o fluxo de investimento em portfólio em "equity" (palavra em inglês usada no jargão do mercado como sinônimo de patrimônio líquido, e que engloba o investimento em ações) ainda está 7,7% abaixo do verificado em janeiro - um saldo negativo de US$ 9,2 bilhões.
No mercado de dívida, com dados até outubro, a defasagem é ainda maior: o fluxo acumulado desde janeiro é negativo em 8,8%, US$ 3,9 bilhões.
Os favoritos dos investidores: Ásia e Oriente Médio
Para muitos dos países no topo da lista, o ingresso de capital em outubro e novembro já foi suficiente para recuperar as perdas observadas desde o início da pandemia. É o caso, por exemplo, de alguns emergentes asiáticos e do Oriente Médio.
"Além da China, que é um caso à parte, vimos um fluxo grande de investimentos para mercados como Indonésia, Malásia, Tailândia e Cingapura", ilustra Fortun.
Esses são países que desenvolveram bastante seus respectivos mercados financeiros nas últimas décadas e, ao contrário da América Latina, que é predominantemente exportadora de commodities, têm uma participação relevante em cadeias globais de produção, com uma participação expressiva da indústria na economia.
As perspectivas de vacinação de parte da população global em 2021 geraram a expectativa de que a demanda internacional por produtos se recupere mais rápido - o que poderia beneficiar diretamente o setor produtivo desses países.
Já no Oriente Médio - na região conhecida como MENA (acrônimo para "Middle East and North Africa", que inclui também os países do norte da África -, a preferência tem sido pela compra de títulos da dívida soberana, especialmente de países como Egito, Arábia Saudita e Emirados Árabes.
Brasil, as contas públicas e o meio ambiente
"O Brasil tem aproveitado as oportunidades (que o cenário global apresenta), mas não na mesma extensão", avalia o economista.
A questão da dívida pública, ele exemplifica, é justamente um dos fatores que têm afastado investidores estrangeiros.
Ainda antes da pandemia de covid-19, o país assistia a um aumento contínuo do endividamento, que se aprofundou com a adoção do chamado "orçamento de guerra" para fazer frente à crise causada pelo novo coronavírus.
O país adotou estratégia semelhante à da maioria dos países, que também abriram os cofres para tentar proteger as populações mais vulneráveis dos efeitos econômicos negativos - a questão é o que viria posteriormente, o fato de o Brasil não vir mostrando de forma clara como vai reequilibrar as contas depois que esse momento passar.
"Os investidores hoje estão olhando mais para as especificidades de cada país antes de decidirem onde vão colocar o dinheiro", ressalta Fortun.
Para ele, o país também perde uma oportunidade quando não sinaliza seu compromisso com a preservação do meio ambiente.
Os emergentes asiáticos, acrescenta, abraçaram o chamado ESG, sigla para "environment", "social"e "governance" (meio ambiente, social e governança), o mundo dos ativos que também miram a sustentabilidade. Parte dos papéis que os investidores estão comprando neste momento nesses mercados estão nessa modalidade.
"O ESG vai ser o que as microfinanças (instrumentos de crédito e outros serviços financeiros voltados às populações mais pobres, muitas à margem do sistema bancário) foram algum tempo atrás."
Covid-19 e América Latina
De um lado, a preocupação com o lado fiscal afeta a atratividade de investimentos em vários países da América Latina, assim como o fato de que a região ainda se vê bastante afetada pela pandemia, com uma incidência elevada da doença.
De outro, contudo, a perspectiva de recuperação da demanda global tende a elevar os preços de commodities, trazendo ganhos para os países latino-americanos.
No caso específico do Brasil, a ingresso relativamente mais modesto de dólares frente a outros emergentes mantém o real subvalorizado (em torno de 20%, nas contas do IIF) - o que torna o país, por sua vez, um investimento barato.
Fortun pondera ainda que, apesar de o saldo do investimento em portfólio no país ainda ser negativo no ano, o do investimento direto segue positivo o suficiente para cobrir essas perdas.
O acumulado até outubro, segundo os dados do Banco Central, é de US$ 31,9 bilhões - quase metade, entretanto, do registrado no mesmo período de 2019, US$ 57,6 bilhões.
O estoque de reservas internacionais, por sua vez, também segue em nível elevado, com US$ 354,5 bilhões até outubro - o que deixa o país menos vulneráveis a crises cambiais como a que viveu recentemente a vizinha Argentina.
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-55193415
GETTY IMAGES
Camilla Veras Mota - @cavmota
Da BBC News Brasil em São Paulo
04 DEZ
2020
O Diário Oficial da União publicou na quarta-feira (2) uma portaria do Ministério da Educação (MEC) que determina retorno das aulas presenciais nas instituições federais de ensino superior.
A medida vale a partir de 4 de janeiro de 2021. As instituições devem adotar um “protocolo de biossegurança” contra a propagação do vírus chinês.
O documento estabelece que, especificamente para o curso de medicina, “fica autorizada a excepcionalidade apenas às disciplinas teórico-cognitivas do primeiro ao quarto ano do curso, conforme disciplinado pelo CNE”.
Por Bruna de Pieri
Fonte: https://tercalivre.com.br/mec-determina-volta-as-aulas-presenciais-em-faculdades-federais/